A presença francesa era
ameaçadora, desde os primeiros momentos da exploração do Brasil, os franceses
tinham um interesse muito grande de conquistar e colonizar o Brasil e os
holandeses também. Esse foi um dos motivos principais para o governo português
povoar o recôncavo protegendo-se dessas invasões.
De acordo com Rosário (2005)
a primeira expedição com o propósito de combater os franceses pelo litoral
ocorreu em 1526 tendo Cristóvão Jacques como comandante. Nessa época o rio
Paraguaçu era o principal meio de acesso ao interior do Recôncavo Baiano e servia
de transporte para os produtos agrícolas da região.
Ferrovia de Cachoeira até Feira de Santana
Ao sul a rota do litoral do
Rio Paraguaçu foi administrada pelos descendentes de Antônio Guedes de Brito,
ou seja, isso inclui a região de Santo Amaro da Purificação e Cachoeira. Conforme
apresentado por Matta (2013)
os Guedes de Britto pertenciam a Casa da Ponte, da mesma maneira que a Casa da
Torre¹ eles se puseram a desenvolver a criação de gado. Esse gado ia a pé pelas
estradas dos tropeiros² e com o tempo outros produtos também começaram a serem
transportados.
“O Arraial, em geral era um amontoado de
casinhas pequenas, ladeadas e centralizadas por um largo no qual se dava o
principal das relações cotidianas, e para o qual estava geralmente voltada a
frente da igreja, a frente da casa do arrendatário, algum possível pequeno
comércio,venda ou fábrica de couro, ou de outra coisa.” (MATTA,2013 p. 49)
Com essa citação nos
aproximamos da história de Amélia Rodrigues e São Bento do Inhatá locais, em
que minha avó viveu por muitos anos e até hoje residem familiares e amigos
próximos. Porém antes de adentrarmos na história do município de Amélia
Rodrigues precisamos fazer uma breve apresentação de uma cidade, além de
Salvador de quem sofreu forte influencia.
Santo Amaro da Purificação
Santo Amaro da Purificação teve um crescimento absurdo na produção açucareira, com cerca de 60 engenhos. No século XVII os senhores de engenho faziam parte do grupo dominante da sociedade açucareira, considerando-se como “nobreza da terra”. E de fato nessa época os senhores exerciam um poder sobre a localidade fazendo valer seus desejos. Portanto Santo Amaro com esse número considerável de engenhos conseguia ter um domínio sobre as vilas e arraiais da região.
¹Segundo Matta (2013) a Casa
da Ponte e Casa da Torre eram duas organizações senhoriais que acabavam por ser
fronteira uma da outra de tão extensas que eram.
² Tropeiros eram condutores de tropas de animais que também transportavam
alimentos e utensílios como cereais, carne seca, cacau, couro entre outras coisas.
É muito enriquecedor a história do recôncavo baiana, local que foi muitas vezes marcado por lutas e invasões de estrangeiros, mas também de crescimento econômico, sendo com isso também bastante importante para Salvador.
ResponderExcluirO Recôncavo baiano enriquece bastante a história do país com toda a sua cultura. Adorei o texto!
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